segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A Confissão: Sacramento de Cura

Está no Catecismo da Igreja Católica (n
º 1420ss) que a Confissão é um Sacramento de Cura (o outro é a Unção dos Enfermos). São Jerônimo chega a dizer que o penitente que esconde de Deus os seus pecados, recusando-se à confissão sacramental, é como o doente que esconde do médico a sua enfermidade. Pergunta o santo: Como poderá ter saúde?
Podemos procurar as bênçãos de cura, mas, vale a pena lembrar que a maior cura é a libertação do pecado, e que, tendo aparentemente toda a saúde, se não estamos na graça de Deus, de nada nossa vida adianta. A maior graça que alguém pode receber na sua vida á a graça de conversão, ou seja, ver se livre deste antigo patrão: o pecado.
O milagre da Confissão é justamente este: recebemos o perdão dos nossos pecados e também a força para não mais neles cairmos. É uma graça santificante que recebemos! Santo Agostinho diz que “nossas boas obras começam, quando denunciamos nossas más obras”.
Falar de confissão é falar de saúde espiritual. E até mesmo psicológica e física. Tenho percebido que muitas doenças resultam de pecados não confessados ou de confissões mal feitas. Quem vive no pecado é como uma pessoa que tem uma doença que degenera o corpo. O pecado vai “comendo”, “corroendo” a alma. Eis a razão por que muitas pessoas não passam de mortos-vivos! Quando confessamos, atualizamos o efeito regenerador do sacrifício de Cristo na cruz.
Quando tratamos com desdém a confissão, ficamos anêmicos espiritualmente, e nossa consciência fica entorpecida. Tudo passa a ser normal. Diz a Igreja: “a confissão regular de nossos pecados nas ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más tendência, a ver-nos curados por Cristo e a progredir na vida no Espírito” (Catecismo, nº 1458).
Pouca gente sabe que a raiz da palavra santo é a mesa da palavra sadio. Assim, o que é santo? É justamente aquele que não conhece o pecado. E aquele que não conhece pecado é aquele que tem saúde!
À luz da parábola do filho pródigo (ou do Pai das Misericórdia) (Lc 15), reze conosco: Deus de Amor, Pai querido, dá-me um beijo! Um beijo que sele o perdão dos meus pecados e fortaleça os meus passos! Preciso da sandália nova dos novos rumos. Do anel novo da nova aliança! Da túnica nova, já que, as vestes do meu batismo, com meus pecados eu rasguei... Meu Deus tira de mim todo medo, trauma e auto-suficiência, para que, no sacramento da reconciliação, sempre mais te procure e experimente. Mais contigo caminhe e ao mundo te anuncie. Amém.

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